Módulo 3 - Catequese e Psicologia das Idades

02/02/2013 09:58

 

Módulo 3 - Catequese e Psicologia das Idades

 
IDADE DE OITO A NOVE ANOS
No início desta fase, a criança que antes necessitava de muitos movimentos, de muita ação, torna-se calma, pois já começa a usar razão: pensar. Pode tornar-se consciente de suas primeiras responsabilidades.


a) A criança tem um ritmo lento e mediativo: Necessita de tempo para olhar, executar, pensar, assimilar, memorizar. A Criança gosta de cantar uma cantiga, tornar a cantar, repetir uma oração, olhar novamente para uma imagem. Quando lhe mostramos um cartaz, é preciso deixar tempo para que ela possa ver, observar.


b) Faculdade de maravilhar-se: Observa os detalhes. É capaz de ficar em admiração prolongada diante de uma flor, quando diante de um gesto de carinho de uma mãe para com seu filho. Sua admiração é no entanto, silenciosa, cheia de respeito, podendo chegar ao mistério. O catequista poderá aproveitar-se para levar a criança a admirar o mundo que a cerca. A oração dos salmos lhe convém muito especialmente. É preciso ajudá-la a expressar sua admiração e louvor.


c) Idade da Razão: É a idade dos "porquês" - A criança deseja saber tudo, o porque e o como, começa a raciocinar, mas não sabe compreender idéias abstratas. Percebe as coisas quando se trata das intenções de alguém, dos sentimentos que lhe explicam os atos.
Ex: Por que Jesus veio ao mundo? Jesus veio ao mundo porque nos ama e por que Deus nos ama.


d) Despertar a consciência moral: A criança vai se tornando capaz de distinguir o bem do mal. O certo do errado. Tem ideia do primeiro SIM e do primeiro NÃO a Deus. A criança começa a ser capaz de dizer por si mesmo, isso é bom, isso é mau. Através dessa discriminação, começa ser responsável por seus atos. Nesta idade a criança raciocina e quer saber o porque das ordens que lhe dão.


e) Avidez de saber: Está pronta para o despertar da criatividade porque enriquece o seu vocabulário com frequência à escola. Quer ler e saber tudo. O catequista deve aproveitar isso e oferecer-lhe versículos ou textos bíblicos para ler (em casa de preferência) .


f) Idade das relações pessoais: Nesta fase inicial, a criança deseja viver em harmonia, de comum acordo em comunhão com as pessoas com quem ela lida. Agora ela percebe que faz parte de um grupo de vizinhos, turma de escola, etc. A criança nesta idade necessita de mostrar seu trabalho. Deseja saber se é assim, se está bem, procura apoio afetivo no adulto. Ela quer estar de acordo com Deus, quer dar-lhe prazer. Deseja estar em comunhão com Deus. Ela deseja saber o que os adultos esperam dela, o que gostariam qye ela fizesse. Ela necessita de um clima de confiança e afeição. é muitas vezes sugestionável, consequência natural de seu contato extra familiar. Por isso deixa-se influenciar pelos outros. Parte para experiências concretas. Surge algumas dificuldades de relacionamento e de adaptação. Mentiras, invejas, complexos, timidez, são características principais desta fase, por isso exige atenção dos adultos a sua volta.


g) Sua sensibilidade é muito viva: Na medida que desenvolve fisicamente, no campo afetivo ela vai tornando-se ativa e passiva ao mesmo tempo. Ela usa dos pensamentos violentos, mas de pouca duração. Arrepende-se facilmente (é capaz de bater no irmão menor e em seguida, lhe dar um beijo). Sua afetividade se manifesta através de seu desenvolvimento físico, que é também ativo. Esta afetividade torna-se um tanto curiosa, imaginativa e experimental. Procura reagir frente a uma situação. Reage impulsivamente. A insegurança é ponto de destaque nesta fase. Por isso, reage muitas vezes com certa passividade. De alguma maneira, deseja chamar a atenção dos outros para si.


Atitudes do Catequista: O Catequista deve ensinar que aquele que fala pela voz da consciência é Deus. Deverá haver palestras sobre consciência, sobre o SIM dito a Deus. Esse despertar da consciência se faz delicadamente e sob observação. A criança que nesta idade é generosa, gosta de fazer o bem pela atração interior, isto é, pela consciência, então o catequista deverá insistir sobre o fato de ser Deus que chama. Evitar dispersão da atenção da criança. Ser claro e objetivo nas perguntas. Valorizar a criança. Interessar-se por ela e pela sua felicidade. A criança às vezes fica decepcionada consigo mesma, envergonhada, e cabe ao catequista encorajá-la, despertar sua liberdade para a graça. O catequista terá que manter este clima de amizade e abertura, e a criança será muito sensível à feição espiritual do catequista. Dar muito estímulo. Procura ser amigo. Canalizar a agressividade para o bem. É necessário uma observação contínua.


Atividades para os encontros: Palestras, desenhos livre, cantigas, descoberta das qualidades, orações dos salmos, cruzadinhas, caça-palavras, passa-tempos, frases positivas como: Deus confia em mim, jograis, reflexões, sondagem de virtudes. (Através do desenho que a criança faz podemos conhecer a personalidade dela.), contar história com fantoches, leitura bíblica.

BIBLIOGRAFIA:
  • Encontramos o Senhor - Formação de catequistas - 4ª edição - 1974;
  • Para ser catequista - Ed. Vozes 1978;
  • Didática do Catecismo - ISPAC - Ed. Vozes 1964;
  • As grandes linhas da psicologia da criança - Guy Joaquim;
  • Desenvolvimento da Criança - Paul Osterich;
  • Conteúdo e orientação para Catequese Renovada - Ed. O Recado
  • Revistas: Família Cristã; AMAE; Pais e filhos;

 

Fonte: Blog Catequese com Crianças

 

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