O sentido da Existência no Cristianismo

21/04/2013 12:01

 

O sentido da Existência no Cristianismo

 

 

    Estes tempos comecei a refletir sobre este questionamento que me foi proposto. E comecei a pensar que o sentido da existência humana que nos é transmitido pelo cristianismo pode ser resumido em três palavras. Pois bem as três palavras que escolho para definir todo este sentido que o cristianismo dá a nossa existência são: vida, morte e eternidade.

    Vamos começar pela palavra vida. Quando nos pegamos a refletir sobre a vida surgem três perguntas básicas. São elas: De onde viemos?Quem somos? Para onde iremos?. A filosofia tenta explicar essas perguntas, mas porém não responde satisfatoriamente. O Cristianismo propõe respostas bem elaboradas para tais perguntas. Viemos de Deus, somos Filhos de Deus e voltaremos a Deus, depois da vida nesta terra.

    Vamos então refletir de forma cristã sobre o sentido da existência humana. Traçando um enlace sobre as diversas etapas da vida cristã e de sua doutrina. No principio de tudo Deus cria o mundo do nada, nenhuma matéria existente, pois bem sabemos que tudo que existe não poderia ter surgido pronto como está. E até mesmo a ciência hoje afirma tal segredo, e talvez até a existência de um ser superior. Os filósofos antigos também em suas reflexões chegaram a um certo demiurgo e outros, o que vale é dizer que a explicação para a existência do mundo sem dúvidas é Deus.Não importa a maneira como surgiu o mundo, se criacionismo ou do Big Bang, sabemos que foi mente criadora de Deus que o fez. Sendo Deus feliz em sua comunidade Trindade, desejou que os homens, criaturas suas, também gozassem de tal felicidade. Portanto a vida do homem é obra de Deus. E naturalmente o homem deveria orientar a sua vida e sua existência para Deus, pois bem , o que acontece é ao contrário. O homem prefere o mal, prefere ser igual a divindade criadora, conhecedor do bem e do mal. Acontece essa história até hoje, e homem envereda-se pelo caminho do mundo sem Deus. Aí entra no mundo o pecado e a morte.

    A morte entra no mundo, segunda palavra. O homem imerso ao erro, ao pecado e ao mal, começa a conhecer uma realidade bem assustadora, a morte. A morte não é somente a realidade onde a alma se separa do corpo. O homem por causa do pecado morre, perdeu a condição de imortalidade e de comunhão com o criador. Se tivesse orientado sua existência para Deus nada disso teria acontecido. O homem pecou por causa da sedução de um anjo tentador, aquele que tem sua decisão irrevogável diante de Deus. O homem afastado como está de Deus se vê sempre atraído ao mal. Deus, desde que o homem se debandou para o mal, começou a intervir na história. Deus envia seu Filho muito amado nascido de uma Virgem, chamada Maria que foi preservada de todo o pecado. Ela que direcionou toda sua existência para Deus, gerou Jesus, que veio ao mundo para dar nos o exemplo de vida, de existência para Deus. Ensinou –nos as bases da vida em Deus como o amor, a justiça e a caridade. O Deus Filho se encarna para trazer a Salvação a todo gênero humano, que vive uma vida sem Deus. Uma pessoa, um dia levantou uma questão: “O que Jesus veio trazer a humanidade?  As curas e os milagres. Não, Jesus Cristo veio nos trazer Deus. Andávamos na trevas, mas Deus veio nos salvar. E ainda mais sua presença está no meio de nós pelos sacramentos, sinais de Deus em toda a caminhada da existência humana. Deus veio nos  Salvar, nos trazer redenção. A morte já não mais assusta o ser humano, pois o Cristo venceu a mesma com sua morte e ressurreição,dando um novo sentido a vida. Se caminhamos com Deus pelo caminho da vida, teremos um novo sentido para vida. A morte nos assusta, mas é vista agora em Deus. Pois, o Cristo ressurgiu da morte e não há o que temer.

    Jesus ainda nos deixa um legado maior a sua Igreja que caminha sempre com Ele e com os homens, sempre a vida vencendo nossas mortes. A Igreja auxilia os cristãos a terem uma vida digna e santa, segundo o mesmo modelo do Mestre. Ela é para nos mestra, pois nos ensina a vivermos em Deus, pautando sempre naquilo que Jesus nos deixou. Nessas várias situações de morte, Deus se faz presente, nos mostrando sempre a vida.

    Depois da morte devemos lançar nosso olhar sobre a Eternidade. Deus que é feliz eternamente, quer e deseja que nós sejamos felizes eternamente também. O homem é julgado pelo amor diz um santo, o destino do homem está em sua própria mão, como o sentido de sua existência. No Fim se nossa existência foi para Deus ou para mal, receberemos segundo aquilo que trazemos nas mãos, as boas obras ou as más. Se vivemos nossa vida em Deus seremos contemplados com a bem – aventurança celeste, se porém se nossa existência foi afastamento de Deus , receberemos o fogo que nunca se apaga. Não porque Deus queira, mas são nossas ações e atos que nos mostraram o nosso caminho de vida. Eternidade feliz é aquela que deixamos a semente divina se manifestar em nós, para que possamos contemplar já neste tempo presente de forma imperfeita a Eternidade, o sentido de viver.

    Quando estamos na eucaristia, revivemos nossas realidades de vida, de morte e de eternidade. Compreendemos na Eucaristia o sentido do sacrifício de Jesus por nós, ele fez de sua vida exemplo de seguimento, de sua morte , exemplo de salvação da humanidade e vive eternamente a direita de Deus Pai glorificado e ressuscitado.Um vida em Deus e para Deus.

    Portanto, o cristianismo ensina que todo o sentido da existência e da vida humana é em Deus, encontrando em Deus a resposta para todos os questionamentos sobre a existência. Que Deus seja tudo em todos diz o apóstolo São Paulo. Que Ele seja tudo em nós.

   Júnior César Monteiro                                   

  Júnior César Monteiro                          

          Fundador do Apostolado Doutrina Católica

 

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