Regina Caeli 21/04/2013

21/04/2013 11:44

 

 

REGINA COELI
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 21 de abril de 2013

 

Queridos irmãos e irmãs,
Bom dia!

O Quarto Domingo do Tempo da Páscoa é caracterizado pelo Evangelho do Bom Pastor que se lê a cada ano. O trecho de hoje reporta estas palavras de Jesus: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só” (10,27-30). Nestes quatro versículos está toda a mensagem de Jesus, está o núcleo central do seu Evangelho: Ele nos chama a participar do seu relacionamento com o Pai, e esta é a vida eterna.

Jesus quer estabelecer com os seus amigos uma relação que seja o reflexo daquela que Ele mesmo tem com o Pai: uma relação de recíproco pertencimento na confiança plena, na íntima comunhão. E para exprimir este entendimento profundo, esta relação de amizade, Jesus usa a imagem do pastor com as suas ovelhas: ele as chama e elas escutam a sua voz, respondem ao seu chamado e o seguem. É belíssima esta parábola! O mistério da voz é sugestivo: pensemos que desde o ventre de nossa mãe aprendemos a reconhecer a sua voz e a do papai; no tom de uma voz percebemos o amor ou o desprezo, o afeto ou a frieza. A voz de Jesus é única! Se aprendemos a distingui-la, Ele nos guia no caminho da vida, um caminho que ultrapassa também o abismo da morte.

Mas Jesus, em um certo ponto, disse, referindo-se às suas ovelhas: “Meu Pai, que me deu estas ovelhas…” (Jo 10, 29). Isto é muito importante, é um mistério profundo, não fácil de compreender: se eu me sinto atraído por Jesus, se a sua voz aquece meu coração, é graças a Deus Pai, que colocou dentro de mim o desejo de amor, de verdade, de vida, de beleza… e Jesus é tudo isso em plenitude! Isto nos ajuda a compreender o mistério da vocação, especialmente dos chamados a uma especial consagração. Às vezes Jesus nos chama, nos convida a segui-lo, mas talvez acontece que não nos damos conta de que é Ele, propriamente como aconteceu com o jovem Samuel. Há muitos jovens hoje, aqui na Praça. São tantos vocês, não? Vê-se… É isso aí! São tantos jovens hoje aqui na Praça. Gostaria de perguntar a vocês: alguma vez vocês ouviram a voz do Senhor que através de um desejo, uma inquietude, vos convidava a segui-lo mais de perto? Escutaram-na? Não escutam? Então… Vocês tiveram a vontade de ser apóstolos de Jesus? À juventude é necessário propor grandes ideais. Vocês pensam nisso? Estão de acordo? Pergunte a Jesus que coisa ele quer de ti e seja corajoso! Seja corajosa! Perguntem a Ele! Atrás e antes de cada vocação ao sacerdócio ou à vida consagrada, tem sempre a oração forte e intensa de alguém: de uma avó, de um avó, de uma mãe, de um pai, de uma comunidade… Eis porque disse Jesus: “Orai ao Senhor para que mande operários à sua messe” (Mt 9,38). As vocações nascem na oração e da oração; e somente na oração podem perseverar e dar fruto. Eu gosto de destacar isso hoje, que é o “Dia Mundial de oração pelas vocações”. Rezemos em particular pelos novos Sacerdotes da Diocese de Roma que tive a alegria de ordenar nesta manhã. E invoquemos a intercessão de Maria. Hoje havia 10 jovens que disseram “sim” a Jesus e foram ordenados padres esta manhã… É bonito isto! Invoquemos a intercessão de Maria que é a Mulher do “sim”. Maria disse “sim”, toda a vida! Ela aprendeu a reconhecer a voz de Jesus desde quando O carregava no ventre. Maria, nossa mãe, ajude-nos a conhecer sempre melhor a voz de Jesus e a segui-la, para caminhar no caminho da vida! Obrigado.

Muito obrigado pelas saudações, mas saúdem também Jesus. Gritem “Jesus”, forte … Rezemos todos juntos à Maria.

Boletim Santa Fé

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