SINODO DO BISPOS

18/10/2012 16:44

 

 

PARA A XIII ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA 
DO SÍNODO DOS BISPOS 
"A NOVA EVANGELIZAÇÃO PARA A TRANSMISSÃO DA FÉ CRISTÃ"

DISCURSO DE S. EX.CIA MONS. NICOLA ETEROVIVĆ 
SECRETÁRIO GERAL DO SÍNODO DOS BISPOS

Sexta-feira, 4 de Março de 2011

SÍNTESE

 

«Como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós» (Jo 20, 21). Com estas palavras o Ressuscitado, vitorioso sobre o pecado e a morte, envia os seus discípulos a proclamar a Boa Nova ao mundo inteiro. A Igreja, reunida pelo Espírito Santo, procura cumprir fielmente este mandato durante a sua peregrinação terrena. E, com renovado entusiasmo, deseja continuar tal missão também no tempo presente. Por isso,Bento XVI convocou a XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que terá lugar de 7 a 28 de Outubro de 2012 sobre o tema A nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Segundo o Papa — que quis anunciar pessoalmente a sua convocação no passado dia 24 de Outubro, durante a missa conclusiva do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente — deveria ser um momento de averiguação do caminho percorrido, para retomar com novo impulso a obra urgente da evangelização do mundo contemporâneo.

A decisão do Pontífice foi precedida por dois momentos importantes. Antes de tudo, segundo uma prática já aprovada, solicitou-se aos 13 Sínodos das Igrejas Orientais Católicas sui iuris, às 113 Conferências Episcopais, aos 25 dicastérios da Cúria Romana e à União dos Superiores-gerais, que apresentassem três temas possíveis aos quais dedicar a reflexão sinodal. Nas suas indicações, a maioria dos episcopados propôs a questão da transmissão da fé, processo que nos tempos recentes conheceu muitas dificuldades devido às grandes mudanças sociais, culturais e religiosas.

A outra circunstância que influiu na escolha definitiva do tema foi a decisão do Papa de instituir, com o motu proprio Ubiqumque et semper, de 21 de Setembro de 2010, o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. No tema sinodal, portanto, concentram-se a preocupação pastoral sobre a transmissão da fé e a necessidade de uma reflexão acerca da nova evangelização que se impõe, embora de maneiras diferentes, em toda a Igreja.

Os Lineamenta — preparados pelo Conselho ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos — constituem uma etapa importante na preparação da próxima assembleia. A sua finalidade é suscitar a nível da Igreja universal o debate sobre o argumento escolhido. Por este motivo, são publicados em oito línguas: latim, francês, inglês, italiano, polaco, português, espanhol e alemão. E pela mesma razão cada capítulo é acompanhado de uma série de perguntas — 71 no total — para facilitar a reflexão das Igrejas particulares nas suas várias realidades: dioceses, paróquias, congregações, movimentos, associações e grupos de fiéis. Os frutos desta reflexão serão enviados à Secretaria Geral do Sínodo até o dia 1 de Novembro deste ano e em seguida serão sintetizados no documento de trabalho da assembleia, o Instrumentum laboris.

Os Lineamenta são divididos em três capítulos — Tempo de «Nova Evangelização», Proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e Iniciação à experiência cristã — e oferecem, antes de mais, as razões teológicas e eclesiais do renovado empenho de evangelização empreendido a partir do Concílio Vaticano II. E reafirmam que a Igreja inteira é missionária pela sua natureza. Ela existe para evangelizar. Portanto, para desempenhar tal tarefa de modo adequado, deve começar por evangelizar-se a si mesma, redescobrindo-se disponível à escuta, compreensão, revisão e revitalização do próprio mandato evangelizador, em particular, diante das grandes mudanças do mundo moderno.

Ao indicar os cenários, as modalidades e os instrumentos para o novo anúncio do Evangelho, o documento recorda que se trata de um empenho feito próprio e promovido pelos Pontífices Paulo VIJoão Paulo II— ao qual se deve a expressão «nova evangelização», utilizada pela primeira vez a 9 de Junho de 1979, durante a missa celebrada em Mogila, na Polónia — e actualmente Bento XVI. Através de tal empenho a Igreja transmite a fé que ela mesma vive e forma o seu anúncio, o seu testemunho e a sua caridade.

Os Lineamenta recordam, a este propósito, que o Evangelho não é um livro nem uma doutrina, mas uma pessoa: Jesus Cristo, Palavra definitiva de Deus que se fez homem. Os cristãos, por conseguinte, são convidados a estabelecer uma relação mais estreita com o Senhor, para que digam a razão da sua esperança com um novo estilo comunitário e pessoal: com aquela força suave que vem da união com Cristo e sabe abraçar o pensamento e a acção, a vida das comunidades e o seu impulso missionário, a obra educativa e a actividade caritativa. Cabe a eles indicar novas expressões da evangelização, mais adequadas aos contextos sociais e às culturas actuais em grande mudança. Deste modo a Igreja, conservando a sua natureza missionária, mantém a sua dimensão popular, doméstica, inclusive nos contextos de minoria ou de discriminação.

Enfim — sugere o documento — a nova evangelização deveria tornar-se um renovado cenáculo, no qual sob a graça do Espírito a comunidade cristã possa encontrar não um novo Evangelho, mas «uma resposta adequada aos sinais dos tempos, às necessidades dos homens e dos povos de hoje, aos novos cenários que desenham a cultura através da qual dizemos a nossa identidade e procuramos o sentido das nossas vidas».

 

HÁ DUAS SEMANAS DO INÍCIO DO SÍNODO


Iniciativas e sugestões dos primeiros 13 dias dos trabalhos sinodais

Por A.G.

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 17 de outubro de 2012 (ZENIT.org) - Durante o briefing diário para os jornalistas Don Giorgio Constantino, porta-voz do Sínodo para a língua italiana, ofereceu hoje as primeiras estatísticas.

Até hoje pela manhã já foram 224 os Padres Sinodais que intervieram no Sínodo dos Bispos que acontece no Vaticano em Roma.

São 13 os padres sinodais que apresentaram uma intervenção escrita e 83 os Padres que falaram no debate livre.

No Sínodo também intervieram 11 delegados fraternos, 3 enviados especiais e 9 ouvintes, para um total de 343 intervenções.

Uma das questões mais debatidas até agora diz respeito aos movimentos eclesiais, a sua relação com as paróquias, as dioceses, as Conferências episcopais. Muitas intervenções pediram com coragem para abrir as portas das igrejas aos leigos e movimentos.

Muitas as intervenções também sobre a recuperação de uma identidade clara. Na linha do Pontífice, que na abertura tinha falado de “confissão” e “caridade”, vários Padres Conciliares fizeram o chamado à conversão do coração partindo dos Pastores que deveriam se tornar um “exemplo”, testemunhas do Evangelho para todos os fiéis.

Cuidado e atenção também na relação entre cristãos e muçulmanos. Apesar de reconhecer os graves perigos mostrados pelos grupos fundamentalistas, vários padres Sinodais expressaram a vontade de reforçar a unidade entre católicos e muçulmanos para derrotar o extremismo.

Sobre a delegação que irá para a Síria, a pedido do Papa Bento XVI, a fim de mostrar solidariedade fraterna e apoio a todos aqueles que estão trabalhando pela Paz, o porta-voz, Pe. Constantino narrou que o Patriarca de Antioquia dos Melquitas, com sede em Damasco, Gregório III Laham, B.S. agradeceu com lágrimas ao Papa e aos Padres sinodais.

Durante uma intervenção claramente articulada o Secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, explicou a importância para a evangelização que a diplomacia Vaticana pode ter.

Sobre isso anunciou que o Santo Padre decidiu convocar em Roma, no próximo mês de junho, todos os Núncios, os Delegados Apostólicos e os Observadores permanentes para um encontro de reflexão, que segue aquele realizado mais de dez anos atrás, por ocasião do Grande Jubileu do ano 2000.

"Será uma oportunidade para uma troca de experiências e para aprofundar o sentido da missão dos Representantes Pontifícios nas circunstâncias de hoje", concluiu o Secretário de Estado.

(Trad.TS)

FONTE: ZENIT

 

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