Vocação, Dom do Amor

04/08/2013 14:43

 

Tradicionalmente o mês de Agosto é dedicado as Vocações . A reflexão da Igreja em torno das vocações promove a todos os fiéis um maior conhecimento das mesmas.

Quando pensamos em vocação já lembramos de um padre ou de uma freira. Mas associar só a eles a vocação é talvez não compreender um todo que são as vocações no seio da Igreja.

Nossa primeira vocação é nosso chamado através do Batismo a sermos cristãos e a sermos santos. Eis aí, portanto,  a nossa vocação. O Batismo nos faz filhos de Deus e irmãos de Jesus Cristo, recupera em nós aquele graça primeira que perdermos quando nossos pais pecaram no Gênesis. O Batismo é fonte de todas as vocações, e dele parte a nossa vocação a santidade. Deus nos chama a sermos santos. Pois, a santidade é agradável ao Senhor e nosso Deus.

A partir deste ponto, em que somos chamados em nosso batismo a sermos cristãos, filhos de Deus e santos, surgem a leva de todas as outras vocações. Podemos assim, abordar como estados de vida sendo quatro tipos básicos: vocação sacerdotal, religiosa, matrimonial e laical.

A vocação sacerdotal é quando uma pessoa é retirada do meio do povo de Deus para servir integralmente ao Senhor. É seguir Jesus bem de perto através do sacerdócio ministerial. Neste estilo de vida , podemos abordar ainda os sacerdotes seculares (Diocesanos) , os sacerdotes religiosos ( que pertencem a uma Congregação Religiosa, como os Franciscanos ou um Sociedade de Vida Apóstolica, como a Sociedade do Apostolado Católico (muito parecido com religiosos com algumas diferenças)) e ainda posso citar os sacerdotes das Novas Comunidades, devido ao fato delas serem um sopro do Espírito na vida da Igreja, e que ainda vem sendo estudadas pela Igreja.

A vocação Religiosa é quando uma pessoa quer se consagrar a Deus vivendo intensamente os preceitos evangélicos de pobreza, obediência e castidade, além da vida comunitária, num determinado carisma de uma congregação. Alguns vivem a vida religiosa como irmãos consagrados e outros como sacerdotes. Há assim, uma diversidade de carismas na vida religiosa.Aí posso citar algumas família como a Franciscana, onde o primordial é a pobreza, e os Salesianos que privilegia as crianças e os jovens, dentre tantas.

A vocação Matrimonial é a união de um homem e uma mulher para constituírem uma família. È alimentada pelo amor dos esposos e o amor deles para com os filhos. É a formação de uma comunidade unida pelo laço do amor.

Alguns homens casados podem sentir um certo chamado ao serviço na Igreja que caracteriza a vocação diaconal, ondem eles servem a Igreja pelo diaconato permanente. Além do mais, muitas destas famílias podem integrar as Novas Comunidades, como vemos em muitos casos nestes tempos.

A vocação Laical abrange além dos casados citados anteriormente que agem nas pastorais, associações e movimentos. Mas também leigos que preferem permanecerem solteiros, ou seja que não se casam e desejam cuidar das coisas do Senhor não abandonando o mundo, tendo uma vida comum. Outro caso de vocação neste estado é dos chamados leigos consagrados em institutos seculares. Neste caso eles não se casam, mas fazem uma consagração especial a Deus de viver os preceitos evangélicos, porém não separados do mundo, vivem no mundo sua consagração a Deus.

Como é belo e vasto o mundo vocacional, como é belo este chamado, vocare do latim. Deus nos chama, isto é um fato, que não podemos negar, e para este chamado de Deus há uma resposta que é minha e de mais ninguém. Não importa o estado de Vida, o que importa é que Deus nos une através de nossas vocações e do amor.

Cito uma santa que admiro muito e que entendeu o que é vocação, Santa Terezinha, que diz o seguinte: “Compreendi que a Igreja tem um corpo formado de vários membros e neste corpo não pode faltar o membro necessário e o mais nobre: entendi que a Igreja tem um coração e este coração está inflamado de amor. Compreendi que os membros da Igreja são impelidos a agir por um único amor, de forma que, extinto este, os apóstolos não mais anunciariam o Evangelho, os mártires não mais derramariam o sangue. Percebi e reconheci que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo, abraça todos os tempos e lugares, numa palavra, o amor é, eterno.

Então, delirante de alegria, exclamei: Ó Jesus, meu amor, encontrei afinal minha vocação: minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, Tu me deste este lugar, meu Deus. No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo, e meu desejo se realizará.”

Estas palavras são belas, e dispensam todos os meus comentários. Como Terezinha eu desejo exclamar alegre: “No coração da Igreja minha mãe serei o amor.” Busque a sua vocação, reflita, pense e veja aonde o teu amor pode te levar. Na vocação não há maior ou menor, todas servem a Deus o amor eterno, e Ele deseja que esse despertar de nossas vocações seja amor no seio da Igreja. Vocação é dom do amor, de Deus aos homens e dos homens a Deus.

Então, serei o amor de Deus na vida.

Júnior César Monteiro

Júnior César Monteiro

Fundador do Apostolado Doutrina Católica

 

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