Módulo XI Moral Cristã

01/07/2013 09:44

Módulo XI

Moral Cristã

Início:01/07/2013

Término: 07/07/2013

  1. A moral cristã.

Ética, do grego ethos (“atitude interior”), é a reflexão sobre a atuação do homem, humanamente digna ou indigna, e serve-se apenas da luz da razão. Moral, do latim mos (“costume”); estuda o agir do homem na perspectiva da vocação cristã, como vocação à santidade na caridade, e das obrigações derivadas; serve-se da luz da fé e da razão humana iluminada pela fé. A moral cristã é a prática da fé, no seguimento de Jesus Cristo e na realização do reino de Deus. Nem tudo o que é legal é moral, muitas vezes o Direito não tem em conta a consciência, por exemplo, na lei do aborto.

Ramos da moral: a moral fundamental estuda os conceitos gerais; e a moral especial estuda os conteúdos da Revelação nas atividades humanas, na moral pessoal, social, sexual, familiar, etc. Princípios da moral cristã. “A dignidade da pessoa humana radica na criação à imagem e semelhança de Deus” (cf. Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, CCIC 358); a Graça; a unidade na diversidade de pessoas (colocar os dons ao serviço); a ordenação das coisas em função de Deus e das pessoas; a transfiguração: a moral tem como objetivo levar o cristão à realização da sua vocação suprema que é a santidade.

 

  1. A nossa vocação à bem-aventurança.

É a visão de Deus na vida eterna, em que seremos plenamente “participantes da natureza divina” (2 Ped 1,4), da glória de Cristo e da felicidade da vida trinitária. (cf. CIC 362). As Bem-aventuranças estão no centro da pregação de Jesus, mostram o Seu rosto, caracterizam a autêntica vida cristã e revelam ao homem o fim último do seu agir: a bem-aventurança eterna (cf. CIC 360). Respondem ao desejo inato de felicidade que Deus colocou no coração do homem para o atrair a Si, e que só Ele pode saciar (cf. CIC 361). “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus…. os que choram, porque serão consolados… os mansos, porque possuirão a terra….os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados… os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.. os puros de coração, porque verão a Deus….os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. … os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal de vós. Alegrai-vos e exultai, pois é grande nos céus a vossa recompensa” (Mt 5, 3-12).

 

3. A liberdade: é o poder, dado por Deus ao homem de fazer isto ou aquilo, praticando por si mesmo ações deliberadas, e pode implicar a escolha entre o bem e o mal (cf. CIC 363); torna o homem responsável pelos seus atos, embora a responsabilidade de um cto possam ser diminuídas, e até anuladas, por vários motivos (medo, ignorância, etc) (cf. CCIC 364). O direito ao exercício da liberdade é inseparável da dignidade de pessoa humana e deve ser sempre respeitado (cf. CCIC 365). O Espírito Santo conduz-nos para a liberdade espiritual, e faz de nós colaboradores livres da sua obra na Igreja e no mundo (cf. CCIC 366). A moralidade dos atos humanos depende de três fontes: do objeto escolhido (dum bem verdadeiro ou aparente); da intenção do sujeito (do fim que ele tem em vista ao fazer a acção); das circunstâncias da ação (onde se incluem as suas consequências) (cf. CCIC 367). O ato moralmente bom supõe, ao mesmo tempo, a bondade do objeto, do fim em vista e das circunstâncias. O objeto escolhido pode viciar a ação, mesmo se a intenção for boa. Não é lícito fazer o mal para obter um bem. Um fim mau pode corromper a ação, mesmo com um objeto bom. Um fim bom não torna bom um comportamento que for mau pelo objeto, uma vez que o fim não justifica os meios. As circunstâncias podem atenuar ou aumentar a responsabilidade (cf. CIC 368). Há atos sempre ilícitos, por causa do objeto (homicídio, aborto, eutanásia, adultério, etc). A sua escolha comporta um mal, que não é justificado com os bens que eventualmente daí pudessem derivar (cf. CIC 369).

 

4. A moralidade das paixões: afetos, emoções que inclinam a agir ou a não agir em vista do que se percebeu como bom ou como mau (amor, ódio, desejo, medo, alegria, tristeza, cólera) (cf. CCIC 370); não são nem boas nem más em si: são boas quando contribuem para ação boa; más, se contrário; podem ser assumidas pelas virtudes ou pelos vícios (cf. CCIC 371).

 

5. A consciência moral: juízo da razão, que ordena ao homem que pratique o bem e evite o mal e permite-lhe assumir a responsabilidade (cf. CCIC 372). A consciência moral reta forma-se com a escuta da Palavra de Deus e do ensino da Igreja, amparada com os dons do Espírito, ajudada com conselhos de pessoas sábias e com a oração e exame de consciência (cf. CCIC 374). Três normas: 1) Não é permitido fazer o mal para daí derivar um bem; 2) regra de ouro: tudo quanto quiserdes que os homens vos façam, fazei-lho vós também; 3) a caridade passa sempre pelo respeito do próximo e da sua consciência, embora não signifique aceitar como bem aquilo que é objetivamente mal (cf. CCIC 375). A pessoa deve obedecer ao juízo certo da sua consciência, mas que também pode emitir juízos erróneos, por causas nem sempre isentas de culpa pessoal. Não é imputável à pessoa o mal realizado por ignorância involuntária, mesmo que objetivamente não deixe de ser um mal (cf. CCIC 376).

 

6. As virtudes: são as disposições habituais e firmes para fazer o bem. Podem ser humanas e teologais (cf. CCIC 377). As humanas são perfeições habituais da inteligência e da vontade, adquiridas e reforçadas por atos moralmente bons e repetidos e purificadas e elevadas pela graça divina (cf. CCIC 378); as principais são as cardeais, que reagrupam todas as outras: prudência (leva a discernir o verdadeiro bem e escolhe os justos meios para o atingir), justiça (firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido), fortaleza (firmeza nas dificuldades e na procura do bem) e temperança (assegura o domínio da vontade sobre os instintos e o equilíbrio no uso dos bens criados) (cf. CCIC 379). As teologais têm como origem, motivo e objeto imediato o próprio Deus. São infundidas no homem com a graça santificante, para vivermos em relação com a Trindade, fundamentam o agir moral, vivificam as virtudes humanas (cf. CCIC 384). São: (cremos em Deus, no que revelou e que a Igreja propõe para crermos), esperança (esperamos de Deus a vida eterna, colocando a confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos na ajuda do Espírito para merecê-la e perseverar até ao fim) e caridade (amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; fundamento das outras virtudes). Os dons do Espírito Santo são disposições que tornam o homem dócil para seguir as inspirações divinas. São sete: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus (cf. CCIC 389). Os frutos do Espírito Santo são perfeições dadas por Ele como primícias da glória: amor, alegria, paz, paciência, longanimidade, bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência, castidade (cf. CCIC 390).

 

7. O pecado: ofensa a Deus, desobediência ao seu amor. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana. Cristo, na sua Paixão, revela a gravidade do pecado e vence-o (cf. CCIC 392). A variedade dos pecados é grande (segundo o  objeto, virtudes ou mandamentos a que se opõem; diretamente contra Deus, contra o próximo e contra nós mesmos;  pensamentos, palavras, ações e omissões) (cf. CCIC 393). Quanto à gravidade: pecado mortal e venial (cf. CCIC 394). Há pecado mortal quando, ao mesmo tempo, há matéria grave, plena consciência e deliberado consentimento; destrói a caridade, priva-nos da graça santificante e conduz-nos à morte eterna do inferno, se não nos arrependermos; perdoado pelo Batismo e Reconciliação (cf. CCIC 395). No pecado venial a matéria é leve, ou mesmo grave, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento; não quebra a aliança com Deus, mas enfraquece a caridade; manifesta afeto desordenado pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e na prática do bem; merece penas purificatórias temporais (cf. CCIC 396). A repetição do pecado gera vício (cf. CCIC 397) que obscurecem a consciência e inclinam ao mal. Podem estar ligados aos pecados capitais: soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça ou negligência (cf. CCIC 398). Nos pecados cometidos por outros, temos responsabilidade, quando neles cooperamos, mormente nas estruturas de pecado (cf. CCIC 399, 400).

 

8. A Salvação de Deus: a Lei e a Graça

A lei moral: é obra da Sabedoria divina; indica caminhos e normas de conduta que levam à bem-aventurança, proíbe os caminhos que desviam de Deus (cf. CCIC 415). A lei moral natural escrita pelo Criador no coração, consiste numa participação na Sua sabedoria e bondade, manifesta o sentido moral que permite ao homem discernir, pela razão, o bem e o mal (cf. CCIC 416). A lei natural nem sempre é percebida por todos com igual clareza e imediatez, por isso Deus “escreveu nas tábuas da Lei o que os homens não conseguiam ler nos seus corações” (S. Agostinho) (cf. CCIC 417). A Antiga Lei  indica o que se deve e o que se não deve fazer, prepara à conversão e ao acolher do Evangelho, mas é imperfeita, não dá a graça do Espírito para a cumprir (cf. CCIC 419). A Nova Lei ou Lei evangélica, proclamada e realizada por Cristo, é a perfeição e cumprimento da Lei divina, natural e revelada. Resume-se no mandamento do amor a Deus e ao próximo, e de nos amarmos como Cristo nos amou; a graça do Espírito Santo torna possível um tal amor (cf. CCIC 420). A Lei nova encontra-se na vida e pregação de Cristo e na catequese dos apóstolos: em especial no Sermão da Montanha (cf. CCIC 421). A justificação é a ação misericordiosa e gratuita de Deus, que perdoa os pecados e nos torna justos e santos em todo o nosso ser, por meio da graça do Espírito Santo, que nos foi merecida pela paixão de Cristo e dada no Batismo (cf. CCIC 422). A graça habitual ou santificante (que santifica e diviniza) é o dom gratuito que Deus nos dá (por sua iniciativa) para nos tornar participantes da sua vida trinitária e capaz de agir por amor d’Ele (cf. CCIC 423). Outras graças: atuais (dons circunstanciais); sacramentais (dons próprios de cada sacramento); especiais ou carismas (o seu fim é o bem comum da Igreja), entre as quais as graças de estado, que acompanham o exercício dos ministérios eclesiais e responsabilidades da vida (cf. CCIC 424). A graça precede, prepara e suscita a resposta livre do homem, convida-o à colaboração (cf. CCIC 425). O mérito é o que dá direito à recompensa por uma ação boa. O homem, de si, não pode merecer nada, recebeu tudo de Deus, mas Ele dá-lhe a possibilidade de adquirir méritos pela união à caridade de Cristo (cf. CCIC 426). Sob a moção do Espírito Santo, podemos merecer, para nós mesmos e para os outros, as graças úteis para nos santificarmos e para alcançar a vida eterna, bem como os bens temporais necessários. Ninguém merece a graça primeira, que está na origem da conversão e da justificação (cf. CCIC 427). A Igreja é a comunidade onde o cristão acolhe a Palavra de Deus que contém os ensinamentos da Lei de Cristo; recebe a graça dos sacramentos; une-se à oferta eucarística de Cristo de modo que a sua vida moral seja um culto espiritual; e aprende o exemplo da santidade de Maria e dos Santos (cf. CCIC 429). É missão do Magistério da Igreja pregar a fé a ser aplicada na vida prática, inclusive aos preceitos específicos da lei natural (cf. CCIC 430). Os preceitos da Igreja têm por fim garantir aos fiéis um mínimo do espírito de oração, da vida sacramental, do empenho moral e do crescimento do amor de Deus e do próximo (cf. CCIC 431). São: 1) participar na missa do Domingo e Dias Santos de Guarda e abster-se de trabalhos e ctividades que impeçam a santificação desses dias; 2) confessar os pecados recebendo o sacramento da Reconciliação ao menos uma vez cada ano; 3) comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição; 4) guardar a abstinência e jejuar nos dias marcados pela Igreja; 5) contribuir para as necessidades materiais da Igreja, cada um segundo as próprias possibilidades (cf. CCIC 432). Com a vida conforme a Jesus, os cristãos atraem os homens à fé em Deus, edificam a Igreja, modelam o mundo com o espírito do Evangelho e apressam a vinda do Seu Reino (cf. CCIC 433).

 

9. Chamados à santidade. A Igreja é santa porque Deus Santíssimo é o seu autor, Cristo entregou-Se por ela para a santificar e fazer dela santificadora; o Espírito Santo vivifica-a com caridade. A Igreja é fonte de santificação dos seus filhos (cf. CCIC 165). Todos somos chamados à santidade, à plenitude da vida cristã que se obtém pela união íntima a Cristo e n’Ele, à Trindade (cf. CCIC 428); é a nossa vocação, chamamento do Senhor a segui-l’O, cada um com sua vocação específica, como leigos, sacerdotes ou religiosos. Os santos levaram a sério esse chamamento. Formamos uma família em Cristo para louvor da Trindade (cf. CCIC 195) e participamos nas coisas santas (cf. CCIC 194)– comunhão dos santos. Há os santos canonizados, que após processo rigoroso e existência de milagres, certifica que aquela pessoa praticou as virtudes em grau heróico e está no céu (fases: servo de Deus, venerável, beato e Santo; as duas últimas fases precisam de um e dois milagres, respectivamente, pela intercessão da pessoa em causa). Há mais santos além dos canonizados, a eles se dedica o dia de Todos os Santos (1 de Novembro).. Os corpos dos santos incorruptos conservam-se inteira ou parcialmente intatos, com poucos ou nenhuns sinais de degradação, com sangue corrente, suave aroma, etc., inexplicável para a ciência. Esse fato, por si só, não atesta a santidade. Só acontece em fiéis da Igreja Católica! (Stª Bernardete Soubirous, séc. XIX, Stª Catarina Labouré, séc. XIX, S. Casimiro, séc. XV, etc). Características dos santos: desejo de ser santo, custe o que custar; seguir a vontade de Deus e agradá-l’O em tudo; oração com coração; conhecer e meditar a Escritura; jejuns e mortificações para fortalecer a vontade e resistir às tentações; “esta vida é transitória”; repugnância pelo pecado; frequência dos sacramentos, em especial a Eucaristia; oferecer tudo a Deus, colocar-Se nas Suas mãos; caridade e humildade, etc. A santidade está ao alcance de todos: “consiste em fazer o bem, e esse bem bem feito, na condição, no estado de vida em que Deus nos colocou. Nada mais, nada fora disso” (B. Luís Tezza).

 

Leituras Complementares:

Catecismo da Igreja Católica do artigo 1691 ao 2051

 

Fonte: Curso de Formação Cristã de Portugal

 

Questionário:

 

1.Quais são as três fontes da moralidade dos atos humanos?

Escolher uma resposta.

            a) Intenção escolhida, circunstância do sujeito e objetivo da ação.            

            b) Objetivo escolhido, intenção do sujeito, circunstância da ação.

            c) Circunstância escolhida, objetivo do sujeito e intenção da ação.

 

2.Quais normas a consciência deve sempre seguir? Assinale a alternativa INCORRETA.

Escolher uma resposta.

            a) Tudo aquilo que quereis que os homens façam a vós, fazei-o vós primeiro a eles.         

            b) Jamais é permitido fazer o mal para que dele provenha um bem.           

            c) A caridade sempre ensina a aceitar como um bem aquilo que objetivamente é mal.

 

3.O que é liberdade? Assinale a alternativa INCORRETA.

Escolher uma resposta.

            a) A liberdade caracteriza-se por atos propriamente humanos, quanto mais erramos, mais nos tornamos livres.

            b) A liberdade é o poder dado por Deus ao homem de agir e estabelecer por si mesmo ações deliberadas.           

            c) Liberdade é a possibilidade de escolha que temos entre o bem e mal. O mal, por sua vez, consiste no abuso da liberdade

 

4.Como o homem atinge a bem aventurança?

Escolher uma resposta.

            a) O homem atinge a bem aventurança em virtude da graça de Cristo, que o torna participante da vida divina.            

            b) O homem atinge a bem aventurança quando aponta os seus caminhos e busca a felicidade sem fim.  

            c) O homem atinge a bem aventurança quando a graça de Cristo opera nele, que passa a viver a verdade buscando o bem e o mal.

 

5.Sobre o tema das paixões. Assinale a alternativa INCORRETA.

Escolher uma resposta.

            a) As paixões são afetos, emoções e movimentos da sensibilidade que estimulam o agir em vista do que é percebido como mal.

            b) A paixão principal é o amor, provocado pela atração do bem. Não se ama senão o bem, verdadeiro ou aparente.        

            c) As paixões, como movimentos da sensibilidade, moralmente não são nem boas nem más em si mesmas.

 

6.O que é consciência moral?

Escolher uma resposta.

            a) É uma graça, pela qual a pessoa humana recebe uma qualidade moral de um ato a ser realizado.        

            b) É um juízo da razão, que no momento oportuno, impõe ao homem fazer o bem e evitar o mal.

            c) É uma responsabilidade que faz com que o homem prudente ouça a voz de Deus que lhe fala.

 

7.Escolha a alternativa que melhor define os vícios.

Escolher uma resposta.

            a) Os vícios são adquiridos objetivamente por sete pecados chamados capitais.   

            b) Os vícios são hábitos perversos que ofuscam a consciência e inclinam ao mal.

            c) Os vícios são consequência de vários atos que repetidos geram o pecado.

8.Existe relação entre liberdade e responsabilidade?

Escolher uma resposta.

            a) Sim, pois a liberdade tira toda a responsabilidade diante da ignorância, violências sofridas, pelo medo e pelos hábitos. 

            b) Não, pois a liberdade dá ao homem o poder para fazer o que se quer, independente da responsabilidade que se tenha.  

            c) Sim, pois a liberdade torna o homem responsável por seus atos na medida em que são voluntários. 

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